ENTREVISTA ZEN
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Nesses 10 anos de reportagens e entrevistas já estive com muita gente, de todos os tipos e falando sobre todos os assuntos . Gravei com a Monja no final de 2006, para um programa chamado Vozes, no Canal Universitário. Era um programa desafiador porque era apenas o entrevistado, nem minhas perguntas entravam. Tinhamos cerca de 50 minutos de arte e nesse tempo todo tinhamos que fazer um retrato da vida do convidado.
Normalmente no meu roteiro eu fazia uma seleção de 20 perguntas. Durante a entrevista para alguns entrevistados eu fazia mais, para outros menos. Na entrevista com a Monja eu fiz apenas 3 perguntas. Ela foi de uma naturalidade, de uma clareza e foi simplesmente incrível, disse coisas lindas, falou da vida antes de se tornar monja, do movimento hippie, das drogas, dos casamentos e do encontro com a paz.
Quando acabou a entrevista a sensação de todos no estúdio e no switcher era muito legal, o pessoal adorou. Ela olhou pra mim e disse: "Falei o que você queria?". Com certeza ela disse tudo e mais um pouco.
Minha amiga então perguntou se eu não achava estranho classificar como minha melhor entrevista uma em que eu fiz poucas perguntas, muito menos que o normal. Respondi que uma boa entrevista nem sempre é feita só com boas perguntas. "Ganhar" o entrevistado, fazer com que ele se sinta tranquilo e seguro é muito importante também, no caso dessa entrevista foi fundamental.
Claro que tive grandes "batalhas" também que contarei aqui em outras oportunidades. Por falar na Monja Coen já estou em contato para realizar uma entrevista com ela para nossa sessão de videorreportagens. Vai ser ótimo.
Oi Antenor,
Meu nom é Carlos, sou estudante de Jornalismo aqui em Recife.
Estou adorando ver seu blog porque é uma verdadeira aula de jornalismo. Passei o link para meu colegas e professores e todos acompanham.
Passei pra dizer que continue contando suas experiências.
Um abraço
Carlos Pires
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