TINTA FRESCA
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Estive pensado sobre a vida num modo geral, não na minha e nem na de ninguém, simplesmente na vida. Aliás começei a pensar olhando para meu sobrinho que nasceu há pouco tempo. Como é gostoso ver coisas surgindo do nada e se transformando, ganhando corpo, mudando de forma, adquirindo personalidade própria e tomando novos contornos. Isso me fez lembrar de um texto que li para a pós-graduação, "Modernidade líquida" do Zygmunt Bauman.
Tudo vai ganhando novos contornos e novas formas conforme o "frasco" ou a "embalagem" muda. Nós somos assim. Mudamos fisicamente e mudamos mentalmente. Nossa mente se expande e o que está nela também cresce, soma, evolui...
Muitas vezes uma pequena mudança leva anos e anos, como o oceano que vai talhando as rochas no beira mar. Outras vezes em um piscar de olhos tudo está diferente, como se um furação tivesse passado e transformado a paisagem em questão de segundos.
Como é bom projetar, olhar para o vazio e imaginar que ali será concretizado tudo o que sua imaginação idealizou. Adoro essa sensação do novo, do primeiro passo. Adoro aquele cheiro de tinta fresca que nos dá a gostosa sensação de início.
Está filosófico é? Pois está filosofando muito bem, ouviu?
"Tudo vai ganhando novos contornos e novas formas conforme o "frasco" ou a "embalagem" muda." Gostei disso. Uma analogia interessante me surgiu: somos como a água, que em constante mutação, migra de estado em estado, por mais que sua composição se mantenha constante. Nós somos assim. A "embalagem", o "frasco" podem mudar e assim algumas revoluções interiores precisam ocorrer para que possamos se adequar a nova forma, mas o segredo é manter a essência intocada, porque só assim conseguiremos manter a continuidade e a fluidez da água.
Filosofe mais e divida com a gente, é muito legal e muito bem mesmo!
cheiro do novo é bom. E ainda bem que sabemos nos adaptar a tudo. Senão não teria graça.
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