A CEGUEIRA ELEITORAL E A IMBECILIDADE HUMANA
(Suspiro alto). Vamos lá. Ontem a Band promoveu o primeiro debate eleitoral com os candidatos ao cargo máximo da política nacional. Lá estavam todos os concorrentes munidos das estatísticas, criticas, elogios e esperançosos em angariar votos.
Debate em curso e então vem aquela coisa que nunca entendi: quem ganhou o debate? Todos ganharam, porque se você olhar para as pessoas os que são seguidores do A dizem que foi o A, do B dizem que foi o B e assim com todos os seus correligionários e eleitores fieis.
Eu até entendo a torcida por esse ou por aquele, mas há um certo momento onde ser eleitor não deveria anular o fato de ser um crítico daquele para quem destinamos nosso voto. Aliás, pelo contrário, aquele em quem votamos deve ser o mais criticado e observado por nós (mas sabemos que não acontece). Não é raro quem não lembre em qual vereador, deputado e até presidente votou nas últimas eleições.
Esse devotismo burro em A, B ou C faz com que a política vire uma arena esportiva e independente daquele que você apóie faça o importante é derrotar o outro. Isso implica em ignorância pura quando se coloca em debate projetos concretos para que o país caminhe em direção ao desenvolvimento.
Todos tem seus pontos positivos e negativos, todos tem algo que desabone e algo que possa ser aplaudido. No momento em que partidos políticos viram religião e só onde você está é bom e certo o único caminho que vamos seguir é um país que vive dando dois passos pra frente, um para trás.
Não precisa ir longe pra ver o quanto é difícil discutir política, dê uma olhadinha no facebook ou twitter. No momento que você propõe o debate, os fieis seguidores se armam com todas as forças para defender cegamente aquele que simpatiza, ao invés de abrir a cabeça e assimilar coisas boas e ruins de todos os lados e assim poder ampliar as ideias e propor novas sugestões para o andamento das coisas.
O pior é que não consigo ver luz no fim do túnel quanto a isso...